Adolescentes indígenas brasileiras são obrigadas a venderem a sua virgindade por uma caixa de chocolates

O preço da virgindade de uma adolescente indígena da cidade brasileira São Gabriel da Cachoeira, na zona fronteiriça com a Colômbia, varia entre os 10 dólares (7 €uros), um telemóvel e uma caixa de chocolates.

Os primeiros casos foram reportados em 2008, segundo o diário “Folha” de São Paulo. Hoje em dia, as denúncias oficiais são 12 e abarcam jovens entre os 12 e os 14 anos. Das que já deram o seu testemunho, estão assinalados nove homens “brancos” como os autores desta pratica; entre eles estão empresários locais, pessoas do exército, um motorista e um juiz.

Segundo uma destas jovens o seu caso passou-se da seguinte forma, “ ele levou-me para um quarto e tirou a roupa, ele deu-me 20 reais (aproximadamente 10 dólares) e disse-me para eu não dizer nada a ninguém”, contou M. uma menina de apenas 12 anos. A “venda” da sua virgindade foi organizada através de uma prima, também ela adolescente. O “comprador” foi um juiz, casado e com filhos.

P., outra jovem de 14 anos, contou que perdeu a sua virgindade com um comerciante local. Segundo ela, esteve com este “comprador” duas vezes e recebeu por isso um telemóvel. Já L., uma menina de 12 anos, conta que a primeira vez que esteve com o seu “comprador2 recebeu 30 reais (aproximadamente 15 dólares) e uma caixa de chocolates.

Parece que a prática de dar chocolates, bombons e roupa em troca da virgindade destas jovens é algo comum. Uma das denunciantes, uma jovem de 15 anos, admitiu no seu testemunho que presenciou vários encontros sexuais de homens com meninas com idades inferiores a 10 anos.

Justina Zanato, a presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, afirmou que apesar de todos os meios estarem a ser feitos para se “procurar justiça” nestes casos, é muito difícil lutar contra este tipo de exploração sexual, pois os abusadores são brancos, ricos e influentes na região.

O mais ingrato desta insólita notícia, é que apesar de estarem descobertos alguns dos abusadores e haver provas que demonstram estas praticas, até à data, ninguém foi detido!

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